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terça-feira, 22 de dezembro de 2009



Aos nossos clientes, amigos e fornecedores, desejamos um FELIZ Natal e um 2010 repleto de PAZ e SAÚDE.


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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Estudantes criam óculos-mouse para pessoas com deficiência



O Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que aconteceu em novembro, em Brasília, foi marcante para os estudantes Alexandre Sampaio, Cléber Quadros e Filipe Carvalho. Com o projeto batizado de óculos-mouse, eles colocaram o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense entre os destaques do evento. Agora, o grupo quer ir ainda mais longe. E planos para isso não faltam.

Professor de eletroeletrônica do campus Charqueadas e um dos orientadores do projeto, Márcio Bender revela que os óculos-mouse têm grandes chances de comercialização. Primeiro, devem passar por uma bateria de testes antes de virar um protótipo e entrar de vez no mercado.

– Essa é a expectativa. O equipamento é eficiente, de baixo custo e atende às necessidades e limitações do usuário –, afirma o professor.

Segundo Bender, além de inovadora, a ideia ganhou força por se tratar de uma tecnologia que permite a inclusão de deficientes físicos. Por meio de um sistema eletrônico interligado, que utiliza um emissor de luz infravermelha e um receptor fixados em um par de óculos, é possível acionar o clique do mouse com apenas um piscar de olhos.

Já para a movimentação do cursor, foi desenvolvido um sistema de sensores, colocados em locais específicos nos óculos. Eles captam a inclinação da cabeça, tanto para a direita como para a esquerda, e transmitem o sinal ao mouse.

Alexandre, Cléber e Filipe têm consciência da importância de sua criação. Em Brasília, o trio foi muito assediado pelos visitantes, interessados em mais informações sobre o projeto.

– Eles queriam saber detalhes, até mesmo para poder reproduzir mais tarde –, explicam.

O reitor Antônio Carlos Barum Brod virou fã da gurizada. No estande do instituto na mostra estudantil, uma das atrações do Fórum Mundial, Brod elogiou o projeto e posou para fotos ao lado dos inventores.

– A inclusão educacional é uma realidade. O papel dos institutos federais nesse processo é de suma importância, principalmente quando utilizamos a pesquisa, a inovação tecnológica, em favor de quem mais precisa –, observou.

Bender conta que já existiam alguns projetos eletrônicos em andamento, mas o grande diferencial foi utilizá-los em prol da inclusão, ajudando no desenvolvimento das potencialidades de pessoas com deficiência. O mergulho no novo foco contou com o apoio da professora Andréia Colares, que trouxe na bagagem uma larga experiência como coordenadora do Núcleo de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (Napne), mantido pelo próprio campus Charqueadas.

Diretor-geral do campus, José Luiz Lopes Itturriet lembra que na lista das chamadas tecnologias assistivas estão incluídos ainda o forno elétrico automático adaptado e a bengala eletrônica com sensor ultrassônico, ambos para deficientes visuais, e páginas da internet adaptadas a pessoas com necessidades especiais.

Correio do Brasil

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

13 de Dezembro - Dia de Santa Luzia, Dia do Deficiente Visual e Dia do Ótico


O cardeal Arns, em "Santos e Heróis do Povo", escreve: "É reconhecida como protetora de todos os que sofrem de algum mal da vista ou mesmo ‘protetora dos olhos’, como se diz". Completa: "Diz a lenda que ela preferiu arrancar os olhos e oferecê-los numa bandeja a seu torturador, a renunciar à própria fé".
Santa Luzia, Rogai por nós!

Quem foi Santa Luzia - Conheça a história da santa protetora dos olhos

Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.

Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.

Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

Oração de Santa Luzia
Santa Luzia, Virgem e Mártir, que tanto agradastes ao Senhor, preferindo sacrificar a vida a lhe ser infiel, vinde em nosso auxílio e por meio de vossa intercessão livrai-nos de toda a enfermidade dos olhos e do perigo de perdê-los. Possamos por vossa intercessão passar a vida na paz do Senhor chegando um dia a vê-lo com os olhos transfigurados na eterna pátria dos céus.
Amém!

Santa Luzia...rogai por nós

Fonte: Santa Luzia Net

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Dia da Santa Luzia

A Capela de Santa Luzia e Menino Jesus de Praga, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora da Cabeça, celebra a Santa Missa Tridentina (termo relativo ao Concílio de Trento [1545-1563] que unificou a prática litúrgica na Igreja Ocidental), em latim e português e com Canto Gregoriano nos domingos às 11:00h e às 16:30h. Fica ao lado da Catedral da Sé, na Rua Tabatingüera, 104, Centro.
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CAPELA DE SANTA LUZIA E MENINO JESUS DE PRAGA
(IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CABEÇA)


Capela feita a expensas de Anna Maria de Almeida Lorena Machado, inaugurada a 13/12/1901, durante a festa de Santa Luzia.

A Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia, situada na Rua Tabatinguera, 104, no Bairro da Sé, no Centro da Cidade de São Paulo, com seu estilo neo-gótico (estilo típico das construções brasileiras erguidas no início do século XIX, onde se observa uma junção do estilo gótico medieval com estilos clássicos, junção esta encontrada nas antigas catedrais francesas), como a Catedral da Sé (início da construção em 1913), foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (CONDEPHAAT).

Essa Capela, que possui um enorme valor em virtude de sua pintura mural estar totalmente preservada, foi construída pelo Arquiteto Domingos Delpiano (nascido na Itália, foi um dos sete primeiros padres salesianos que chegaram ao Brasil em 1883. É dele o projeto e a construção de várias obras, dentre as quais se destaca o Monumento a Maria Auxiliadora, para propagar sua devoção à Santa, construído em Niterói, no alto de uma colina, a cem metros do nível do mar, sobre uma rocha que lhe serve de alicerce).

As obras ornamentais são de autoria do pintor florentino Orestes Sercelli. A Capela de Santa Luzia hoje é de propriedade da Mitra Diocesana e está localizada onde outrora existiu uma Chácara, de propriedade da bisneta do Conde de Sarzedas (Capitão General Bernardo José de Lorena, Governador da Capitania de São Paulo), Anna Maria de Almeida Lorena Machado, uma “virtuosa dama da sociedade paulista”, como a definiu um jornal da época, que envidou grandes esforços para construir, em sua chácara, uma capela para homenagear o Menino Jesus e Santa Luzia, santos de sua devoção.

A Capela sempre foi mantida em perfeito estado de conservação por Anna Maria, que patrocinava festas celebradas sempre nos dias 13 e 25 de dezembro, religiosamente.

Conforme narrado pela família da fundadora, sua devoção ao Menino Jesus e à Santa Luzia nasceram devido ao fato de, ao retornar de uma viagem de navio que fez a Paris, após ter havido um naufrágio, onde muitas pessoas perderam a vida, Dona Anna Maria foi salva e perdeu todos os seus pertences, entre eles uma lindíssima imagem, estimada por toda sua família, do Menino Jesus de Praga. Desesperada, começou a rezar, fervorosamente, por um milagre: o de reaver a imagem do Menino Jesus. Estando na praia, ao amanhecer, posto que se salvara e aguardava o retorno, viu, flutuando, a imagem se aproximar. Anna Maria foi correndo ao seu encontro e, nesse momento, prometeu que, ao regressar ao Brasil, construiria uma Capela em honra ao Menino Jesus e Santa Luzia, o que realizou em 13 de dezembro de 1901, vindo a falecer em 11 de junho de 1903.

Após sua morte, seus herdeiros mantiveram os cultos na Capela, em atenção a pedido expresso deixado em seu testamento. Com o passar do tempo, os herdeiros começaram a enfrentar problemas financeiros e os cultos e a conservação da Capela foram se tornando mais difíceis para eles, razão pela qual delegaram tal tarefa à Cúria Metropolitana, que se incumbiu dos cuidados até 1921, quando a incumbência passou a ser das religiosas Servas do Santíssimo Sacramento, que vieram a São Paulo para instalar a primeira sede da Adoração Perpétua ao Santíssimo Sacramento.

Em 1929, as religiosas se mudaram para um prédio na Rua da Glória e o cuidado da Capela passou aos Padres Sacramentinos. Tempos depois, a Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia passou a ser cuidada pelos Missionários de São Francisco de Salles, que estabeleceram ali a Capelania dos franceses durante 30 anos até transferi-la para o Colégio Pasteur.

A Missão Católica Espanhola instalou-se na Capela e ficou ali por seis anos. Após a saída dos padres espanhóis, a Capela ficou praticamente abandonada. Eis que, em 1970, a pedido de Dom Agnelo Rossi, assumiu a Capelania Dom Ernesto de Paula, bispo da Diocese de Piracicaba que, mesmo com sérios problemas de saúde e com idade avançada, imprimiu uma nova vida à Capela: restaurou o salão paroquial; construiu a ante-sala da sacristia; promoveu festas religiosas e a devoção do Menino Jesus e Santa Luzia, recolheu valiosas obras de arte e as encaminhou ao Museu de Arte Sacra, na Avenida Tiradentes, entre outros feitos.

Dom Ernesto faleceu em 1994 e está sepultado na Cripta da Catedral da Sé. Nesse mesmo ano de 1994, mais precisamente no dia 13 de junho, a Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia foi tombada.



Obras sacras que lá se encontram:
1.São Judas e o Soldado Romano.
2.Menino JESUS.
3.São José e o menino JESUS( no colo).
4.NOSSA SENHORA DA CABEÇA (com uma cabeça na mão e JESUS no colo).
5.Santa MADALENA.
6.Azulejo da N. Sra. da Cabeça.
7.Capela externa com imagem da Sta. Luzia e N. S. da Cabeça.
8. Velário com imagem de Jesus na Cruz.

Revista SP


Fotos: Tanoh
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Boa iluminação faz toda a diferença!






Os efeitos visuais da iluminação vêm sendo estudados a mais de 500 anos e há registros de que Leonardo da Vinci escreveu sobre ruas iluminadas. Com a introdução da iluminação à gás e a luz elétrica, em meados de 1800, o estudo dos efeitos visuais da iluminação começaram a ser mais práticos. De lá pra cá, todos os esforços foram focados em projetar ambientes melhores iluminados. Com a recente descoberta, no ano de 2002, de uma nova célula fotoreceptora no olho que controla os efeitos biológicos da luz e da escuridão, foi possível entender que a boa iluminação tem influência positiva no bem-estar, no desempenho, na produtividade e até na qualidade do sono. Isso significou também que os parâmetros de boa iluminação precisavam ser revistos.

É importante que arquitetos e engenheiros tomem consciência de que o desenho da iluminação pode incidir negativamente na qualidade da visão de crianças, adultos e, principalmente, dos idosos. Assim como se fazem adaptações em um espaço físico para atender a quem tem problemas de locomoção, também é preciso criar soluções para a boa iluminação, que ajuda não só a ver melhor, mas também a auto-confiança e autonomia. A cor da luz, por exemplo, representa um papel de destaque: uma luz um pouco azulada dá a impressão fresca, que é frequentemente agradável e estimulante, enquanto uma luz avermelhada dá uma impressão morna que pode ser experimentada como aconchegante.

Mas afinal, o que é uma boa iluminação?
Para começar, podemos resumir o funcionamento da visão: a luz refletida em um objeto passa pela córnea do olho; o cristalino é ajustado para focalizar os raios de luz, que chegam então à retina, onde milhões de células sensíveis à luz interpretam esses raios e transmitem a imagem ao cérebro. Deu para perceber a importância da luz nesse processo, certo? De qualquer forma, a boa iluminação depende sim, do tipo de luz com a qual cada pessoa se habituou a viver e se ela é portadora de problemas de visão. O que é afetada comumente pela presença maior ou menor de luz é a percepção visual. Isso pode fazer com que o cérebro interprete de forma diferente os dados que chegam até ele. Com mais luz, por exemplo, é possível perceber mais cores, o que sempre é mais confortável.

E com o avanço da idade, as pessoas enxergarão melhor as letrinhas se tiverem mais contraste, que pode ser conseguido com aumento da quantidade de luz. É importante frisar que aos 60 anos precisamos de, pelo menos, iluminação três vezes maior do que aos 20 anos. Vários dos leitores já devem ter sentido na pele, quando vão a restaurantes, a necessidade de esticar o braço ao máximo na tentativa de colocar o cardápio em foco ou mesmo os pedidos de ajuda na hora de preencher cheque. A presbiopia, a chamada "vista cansada", já exige esforços extras dos que tem seus 50 anos, o que dirá se a iluminação não corresponder ao mínimo necessário. A boa iluminação, em suma, é aquela que oferece quantidade de luz e contraste suficiente para a realização das tarefas. A má iluminação é a que causa ofuscamento ou não permite reconhecer os detalhes.

Capítulo à parte se aplica à boa iluminação no ambiente de trabalho. A maioria das organizações já percebeu que um ambiente agradável é benéfico para a motivação dos funcionários e resulta no aumento da produtividade e retenção de talentos. Reverberando o que já citamos acima, um dos itens ambientais mais importantes quando falamos de local de trabalho é a iluminação, que pode conduzir os trabalhadores a um melhor desempenho, menor número de erros e maior segurança contra acidentes. Só para se ter uma idéia, diversos estudos demonstram que a iluminação adequada melhora em 20% a produtividade por aumentar a velocidade com que as tarefas são realizadas.

Em casa, para conseguir um ambiente funcional e confortável em termos de iluminação, a dica é o uso de camadas de luz, ou seja, além de uma luz básica que ilumine todo o ambiente, é bom usar fontes auxiliares como abajur ou luminárias em pontos específicos. Isso permite eliminar sombras e reflexos. As persianas nas janelas também dão a chance de controlar a entrada de luz natural, que pode ajudar bastante. Claro que se existem dificuldades no trabalho, optar por uma dessas fontes auxiliares pode ser uma boa pedida.

A boa iluminação, portanto, é peça fundamental para que a oftalmologia consiga desempenhar seu melhor papel. Poder relacionar as espetaculares inovações tecnológicas por que passa a profissão com situações simples e básicas como a boa iluminação aponta a importância de algo que pouca gente percebe: os benefícios de ter a luz na medida certa.

Dr. Leôncio Queiroz Neto


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sábado, 5 de dezembro de 2009

A Saúde Ocular no Esporte



Além da alta freqüência da conjuntivite verificada no brasileirão, aumento da transpiração e estresse geram alterações visuais que comprometem o desempenho.

Praticar esportes faz um bem indiscutível à saúde, mas também pode induzir a doenças se não forem tomados cuidados simples para preservar a saúde. Este é o caso da conjuntivite (inflamação da conjuntiva) que no brasileirão afastou do campeonato vários craques: Bruno do Flamengo, Henrique do Corinthians, Arouca do São Paulo, Chiquinho do Atlético GO, mais cinco jogadores do Fortaleza.

Coceira, vermelhidão, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz, lacrimejamento e queda da visão são os sintomas da doença. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a conjuntivite mal tratada pode provocar cicatrizes na córnea que causam declínio permanente da visão, mas é considera um mal menor pelo brasileiro. Tanto que só o medo da gripe suína fez a população adquirir hábitos que previnem a doença: lavar as mãos com freqüência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e aglomerações. É o que aponta um levantamento feito pelo médico de junho a agosto quando o número de diagnósticos teve uma queda de 25%, comparado ao mesmo período de 2008.

Para Queiroz Neto, a alta freqüência da conjuntivite entre jogadores profissionais indica uma incidência bem maior nos participantes de peladas de final de semana. O problema, comenta, é que o futebol e outros esportes de contato dificultam a adesão aos hábitos preventivos. As dicas para driblar esta dificuldade são: evitar levar as mãos aos olhos e o compartilhamento de toalhas durante os jogos.

UMIDADE DOS OLHOS FACILITA SOBREVIVÊNCIA DE VÍRUS
O médico alerta que até no verão os olhos facilitam a sobrevivência de vírus por serem úmidos. Por isso, nesta época do ano a higiene deve ser redobrada para evitar a conjuntivite que cresce 20%. Além do vírus, explica, no calor a conjuntivite pode ser causada por bactérias que se proliferam em ambientes quentes e pelo contato com substâncias químicas que penetram nos olhos através do suor. Ao primeiro sinal de desconforto a recomendação é fazer compressas quentes quando houver secreção amarelada e gelada se a secreção for transparente. Não desaparecendo os sintomas em dois dias é importante consultar um oftalmologista.

DESIDRATAÇÃO AMEAÇA OLHOS
Jogadores de futebol e praticantes de outras atividades aeróbicas têm o dobro de risco de apresentar doenças relacionadas ao calor; desidratação, exaustão e choque térmico. Para os que têm IMS (Índice de Massa Corpórea) acima do normal este risco é ainda maior, afirma Queiroz Neto. Isso porque, o sobrepeso aumenta a transpiração, a chance de ocorrer alterações cardíacas e circulatórias. Na opinião do especialista, no Brasil as partidas de futebol geralmente acontecem no final da tarde para minimizar estes efeitos. Ainda assim, comenta, a transpiração intensa faz muitos jogadores sentirem câimbra por causa da grande perda de água e sódio durante os jogos.

Nos olhos, ressalta, mesmo a desidratação leve, acarreta o ressecamento da lágrima cujos sintomas são ardência e visão embaçada. Para evitar este desconforto, ele diz que esportistas devem tomar, no mínimo, 2 litros de água/dia, ou até mais se sentirem sede, além de consumir alimentos ricos em Ômega 3 que melhoram a qualidade da lágrima. Até a redução da visão periférica pode ocorrer como conseqüência da falta de água. O especialista explica que isso acontece quando a desidratação ocasiona hipotensão arterial (pressão baixa) em portadores de glaucoma de pressão intra-ocular normal; 10 a 21 mmHg (milímetros de mercúrio) - que atinge entre 10% e 15% dos portadores da doença.

HORMÔNIOS FORA DE FOCO
Queiroz Neto diz que entre atletas boa parte das dores musculares está relacionada ao estresse a que são submetidos durante as competições. Isso porque, em situações estressantes as glândulas supra-renais aumentam a produção de dois hormônios; cortisol e adrenalina; que aumentam a tensão muscular. Isso também desencadeia o enrijecimento da musculatura ciliar que sustenta o cristalino, membrana ocular responsável pela focalização das imagens. Por isso, quem tem miopia, astigmatismo ou hipermetropia pode experimentar uma piora da acuidade visual durante as práticas esportivas.

A falta de foco, comenta, contribui com o aumento das contusões, quedas e erros táticos em campo. A dica para diminuir este efeito é fortalecer a musculatura com suplementação de vitamina E que também combate a formação de radicais livres, responsáveis pelo enfraquecimento e envelhecimento precoce da visão.
Saúde e Lazer


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