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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Teste do olhinho já é obrigatório em todo o DF



Governador Arruda sanciona lei e determina a realização do exame que prevê muitas doenças

Desde o início de agosto é obrigatório a realização do teste do olhinho em recém-nascidos na rede pública de saúde. O governador José Roberto Arruda (DEM), sancionou, no final de julho, a Lei Nº 4.189, derivada do projeto de lei nº 414/2007, do deputado Cristiano Araújo (PTB). A regulamentação da lei deve ser expedida 90 dias a partir da data da publicação no Diário Oficial que aconteceu no dia 1º de agosto. Em vigor a partir de novembro a lei prevê multa por não realização do exame.

Conforme o deputado, o projeto surgiu de conversas com colegas da área de saúde: "Fiquei sabendo da necessidade e importância da realização desse exame. Esse projeto preza pela qualidade de vida de todas as classe sociais, em especial as mais baixas, e ainda não gera custos ao governo". As unidades da rede privada de saúde que realizarem partos também ficam obrigadas a disponibilizar o teste. A reincidência da não aplicação do teste do olhinho pode levar inclusive à interdição das atividades da unidade de saúde e à cassação do alvará de funcionamento.

A exigência para a realização do teste nas maternidades facilitará o diagnóstico de doenças como a retinopatia da prematuridade, principal causa de cegueira infantil. Além disso, será possível diagnosticar também a catarata congênita, o tumor intra-ocular e o glaucoma. De acordo com a oftalmopediatra Virgínia Cury, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), o teste do olhinho é muito simples e feito ainda no berçário. "Para a realização do teste é necessário apenas um oftalmoscópio na mão do pediatra.

O feixe de luz emitido pelo aparelho, quando não há nenhum obstáculo à visão, chega até a retina e ao ser refletido, faz com que o examinador perceba um reflexo vermelho. A ausência do reflexo é sinal de que pode haver alguma alteração congênita e, nesses casos, a criança precisa ser encaminhada ao oftalmologista com urgência", explica a médica.
Thaís Afonso
tafonso@jornaldacomunidade.com.br
Comuniweb

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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Falta de acesso a óculos é a maior causa de cegueira no país, diz pesquisa

A falta de acesso a óculos encabeça a lista das maiores causas da cegueira no país, de acordo com pesquisa que será divulgada durante o 18º Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, que o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) que acontece a partir do próximo dia 3 de setembro, em Florianópolis (SC).

"Por incrível que pareça, isso acontece em lugares remotos onde o pessoal não tem acesso a óculos", afirma o oftalmologista João Luiz Lobo Ferreira, co-presidente do evento. Em seguida na pesquisa aparecem também como causa doenças como a catarata, o glaucoma, diabetes, além da degeneração macular associada à idade.

O objetivo da pesquisa é mostrar a importância de se elaborar políticas públicas que previnam a cegueira. "O mais importante desse trabalho é que os fatores que levam à cegueira nas diversas regiões serão apontados. Isso alerta os gestores de saúde para se dar uma atenção especial para aquelas determinadas doenças", disse Ferreira.

De acordo com o especialista, há algumas causas que podem ser prevenidas, cuidando-se precocemente das doenças. Outras, podem ser revertidas com cirurgia, como é o caso da catarata. Ele afirmou que existem causas que devem ser observadas e cuidadas, como o caso de prematuros que nascem com menos de 1.500 gramas. "Se ele não for acompanhado nas quatro ou seis primeiras semanas de idade, ele pode também ficar com cegueira."

De acordo com o CBO, existem atualmente no Brasil 1 milhão de cegos e 4 milhões de deficientes visuais. A maior incidência de cegueira é registrada nas regiões menos favorecidas economicamente. "Porque 90% das pessoas com cegueira têm uma menor remuneração, um menor acesso à saúde, à educação", afirmou Ferreira.

Nas regiões Sul e Sudeste, as áreas menos favorecidas e mais remotas também têm uma maior incidência de cegueira. "Por falta de informação, por falta de acesso à medicina, à tecnologia", disse o médico.

A região brasileira que apresenta o maior número de pessoas com catarata é a Nordeste. O médico destacou, porém, que o CBO obteve grande sucesso na região durante recente campanha de esclarecimento sobre a doença. É preciso, contudo, que haja a manutenção das medidas de atenção à população, salientou.

Já o glaucoma é encontrado nos Estados que têm maior população negra, como a Bahia. "Entre os negros, é mais comum o glaucoma. Da mesma forma, entre os brancos, é mais comum a degeneração macular relacionada à idade", afirmou o oftalmologista.

O hábito de uma vida saudável, evitando cigarros e bebidas, pode afastar dos brasileiros a ameaça da cegueira. A orientação à população também é importante para a prevenção.

O oftalmologista afirma que doenças como a degeneração de mácula, por exemplo, pode ser agravada pelo cigarro. "Então, é uma coisa multifatorial. Às vezes, a pessoa tem uma predisposição genética, mas o hábito de vida dela é mais saudável que de outra. Uma avaliação periódica é importante. O cigarro e a bebida em excesso são um alerta", disse.

As pessoas cegas podem ser definidas como aquelas que têm uma visão 20% menor que as demais. Ou ainda as que possuem um ângulo de visão inferior a 10%. Ferreira explicou que o deficiente visual, por sua vez, tem uma visão melhor, "consegue fazer alguma coisa, mas tem deficiência importante de visão".

Fatores como diabetes e pressão alta também podem trazer risco de cegueira, alertou o especialista. Ainda segundo ele, se a diabetes for bem controlada, as chances de o paciente vir a ter cegueira são bem menores. O mesmo ocorre no caso da pressão alta. "Se o doente não é acompanhado clinicamente, ele tem um fator agravante. E se ele tem glaucoma associado, pior ainda. Mas, quando a pessoa se cuida, ela tem menor chance de ficar com cegueira", afirmou.
Folha de São Paulo

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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Exercícios ajudam na fadiga ocular



Os olhos atestam que algo não está bem com sintomas que vão de uma simples tensão na região à perda do campo visual. Esse é o resultado da fadiga ocular, que decorre do esforço repetitivo dos músculos que são sobrecarregados quando a cabeça está mal posicionada. Um bom exemplo disso é o músculo ciliar, associado à focalização de objetos próximos - como o monitor do computador. De acordo com um levantamento internacional, o incômodo afeta 60% das pessoas adultas com menos de 45 anos.

Quando a alteração se manifesta, é sinal de que os olhos precisam de descanso - o que não é tão simples quanto parece. É aí que deve entrar o relaxamento ativo, que possibilitam que os olhos passem a trabalhar com o mínimo de tensão possível, através do equilíbrio dos músculos e do bom funcionamento de todas as estruturas envolvidas na visão. "A questão é que se no passado nossa visão repousava à noite, hoje os estímulos são contínuos por conta da leitura, da TV e mesmo da iluminação ambiente", explica a fisioterapeuta Marcela Guerreiro, que atua no Instituto Patrícia Lacombe, em São Paulo. O serviço é referência nacional em correção postural, técnica que apresenta resultados efetivos no tratamento da fadiga ocular.

Nas sessões ministradas nas Unidades do Instituto, fisioterapeutas devidamente habilitados ensinam os praticantes a se reconectar com seu próprio corpo, percebendo-o para poder promover mudanças definitivas. A técnica utilizada, a chamada Ginástica Holística (GH), atua no relaxamento e no equilíbrio da musculatura dos olhos, na melhoria da irrigação sanguínea da região. "Promovemos também, através de exercícios, a otimização da lubrificação da retina", afirma Dra. Marcela. Além da eliminação dos sintomas da fadiga, há um ganho extra: a suavização das olheiras.

Para os que já fazem uso de óculos, o método é mais que eficaz. "Normalmente, essas pessoas projetam a cabeça para frente como se fossem em busca do objeto observado. Isso gera dor de cabeça e contratura em toda a região dos ombros e do pescoço. Com a GH, resgatamos o arranjo original do corpo", conclui a fisioterapeuta.

CONFIRA AS DICAS DE EXERCÍCOS DA DRA. PATRÍCIA LACOMBE:

*O Piscar
Sempre que possível, pisque os olhos. O piscar é um movimento natural que age no relaxamento da musculatura ocular e lubrifica a região.

*Palming
O momento traz relaxamento ativo para os olhos e é indicado principalmente para quem trabalha o dia todo frente ao computador. Pode ser feito a cada duas horas, pelo período de 5 minutos. Cubra os dois olhos com as duas mãos em concha, sem apoiar sobre os globos oculares. Com os olhos abertos exclua totalmente a luz - deve-se chegar à escuridão completa. No início, as pessoas vêem cores e movimentos que, aos poucos, desaparecem até atingir o escuro total - momento no qual começa o trabalho reparador.

*Massagem da Órbita
Com a polpa do dedo indicador, massageie a órbita ocular ponto a ponto, de dentro para fora. A presença de pontos mais doloridos demonstra tensão muscular. Faça em um olho e, em seguida, compare ao outro.
Fonte: DRA. PATRÍCIA LACOMBE
Opticanet

Glaucoma - fique atento!


A busca por soluções eficazes para tratar o aumento de pressão intra-ocular é constante na indústria de medicamentos, mas a melhor forma de evitar que a situação se agrave é manter-se atento e realizar, pelo menos, um exame anual no oftalmologista

São cerca de 90 milhões os portadores de glaucoma no mundo e, desses, 9 milhões já perderam a visão de forma irreversível. No Brasil, a estimativa é de que entre 3% a 5% da população seja portadora do glaucoma, considerado o maior responsável pela perda de visão sem solução da atualidade. A busca de tratamentos para evitar que o problema caracterizado pelo aumento de pressão intra-ocular chegue ao seu estágio mais avançado é constante, pois somente nos Estados Unidos, o custo com que arca o país para tratar casos de glaucoma alcança a cifra de R$ 3 bilhões por ano, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). "É tanto investimento quanto o exigido em uma guerra", compara o oftalmologista do HOB, Juscelino Oliveira, o primeiro a utilizar, em Brasília, o medicamento que modificou o tratamento do glaucoma neovascular nos últimos quatro anos, o avastin. Inicialmente utilizado para o tratamento do câncer, mais tarde para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), mostrou-se eficaz como inibidor da geração de novos vasos nas enfermidades retinianas oftalmológicas.

O medicamento utilizado para tratar câncer de colo do útero foi pesquisado pelo norte-americano Rosenfeld PJ que apresentou novas propostas para enfermidades da retina em 2005 no Congresso Mundial de Oftalmologia. De acordo com Juscelino Oliveira, o glaucoma neovascular é uma conseqüência principalmente da retinopatia diabética e de oclusões vasculares retinianas e mostra-se potencialmente grave com urgência de tratamento devido ao aumento da pressão intra-ocular.

Benefícios - Além de aliviar dores o novo tratamento tem se mostrado capaz de evitar, em alguns casos, procedimentos mais complexos, como a aplicação de laser e cirurgias, as quais normalmente implicam em implantes de válvulas intra-oculares, às vezes, requerendo transplantes de esclera.
Disposto a buscar nas soluções mais avançadas da ciência a solução para seus pacientes, o oftalmologista destaca que os médicos "devem estar atualizados com as alternativas de tratamento oferecidas no mundo, porém, deixar claro para o paciente que as terapias não reagem da mesma forma em todas as pessoas, a fim de não criar expectativas que não se cumpram".

Sem surpresa - Conforme Juscelino Oliveira o método mais coerente de evitar que o glaucoma chegue de surpresa e se instale sem solução é reconhecer os fatores de risco e consultar anualmente o oftalmologista.
Há diferentes tipos de glaucoma, além do neovascular. O glaucoma de ângulo aberto se caracteriza pelo aumento de pressão e excesso de produção de líquidos intra-oculares. O glaucoma de ângulo fechado apresenta pressão intra-ocular elevada pela diminuição do escoamento de líquidos. A origem do glaucoma pode estar em um fator genético ou secundário, quando surge a partir de traumas, queimaduras, mal-formações, inflamações pós-cirúrgicas, por medicamentos, diabetes e oclusões vasculares.
Fonte: Assessoria de Imprensa do HOB

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A "eyeróbica" do Dr. Gottlieb


Abaixo os óculos
As teorias do doutor Gottlieb desafiam os oftalmologistas

Praticamente ninguém, depois dos 40 anos, escapa da presbiopia, a famosa "vista cansada". Com o processo de envelhecimento, a lente do olho se torna mais rígida e já não se expande ou contrai conforme a necessidade. Ler torna-se uma dificuldade. Eis que surge o "método ler sem óculos", do médico americano Ray Gottlieb, cuja promessa é livrar os pacientes das lentes. Gottlieb é um optometrista que se auto-intitula inovador no treinamento de visão "holística" – olhe a palavrinha aí, novamente. Ele aplica o método há mais de trinta anos e costuma dizer que é seu próprio garoto-propaganda. "Tenho 63 anos e nunca precisei de óculos para ler", diz. Sua teoria: óculos de leitura ou bifocais e cirurgias não são as únicas formas de corrigir a presbiopia, como pregam os oftalmologistas. Se a vista cansada é resultado do enfraquecimento dos músculos oculares, basta exercitá-los para recuperar e rejuvenescer a visão. A proposta do doutor Gottlieb são seis minutos de exercícios oculares diários. São basicamente três os movimentos: virar os olhos para dentro, acionando os seis músculos que controlam a convergência; forçar o olho até aproximar ao máximo o foco; e, por fim, relaxar a visão, numa série de repetições. Seu método ler sem óculos está disponível em DVD ao preço de 40 dólares, ou 64 reais. O que dizem os oftalmologistas sobre ele? "Nem os próprios optometristas acreditam nisso", afirma Rubens Belfort, da Universidade Federal de São Paulo. "Os exercícios são inócuos", diz Francisco Max Damico, da Universidade de São Paulo.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O perigo dos óculos "piratas"

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Abrindo os olhos para o mundo

Até pouco tempo atrás se acreditava que os recém-nascidos não podiam ver nada. Atualmente, com o advento de novos métodos de investigação, sabemos que eles podem enxergar perfeitamente, mas com pequenas limitações que iremos explicar a seguir.

Alguns bebês nascem com os olhos muito abertos, como se quisessem ver onde acabaram de chegar, parecem estar explorando este novo mundo que se descortina a sua frente. De fato, poucos minutos após o nascimento, já reconhecem alguns detalhes e, se uma luz clara os ofusca, fecham com força os seus frágeis olhos. Apesar disso, os olhos dos recém-nascidos não estão treinados para ver e, de todos os sentidos existentes no ser humano, a visão é o menos desenvolvido nesta fase da vida. Na fase intra-uterina, o único estímulo óptico que o bebê recebe é a diferenciação entre claro e escuro. Além disso, as vias nervosas que estabelecem a comunicação do olho com o cérebro do recém-nascido ainda precisam amadurecer, passando pelo processo de desenvolvimento ou plasticidade visual. Inclusive, mesmo que já estivessem desenvolvidas de todo, o bebê não tem experiência alguma sobre como classificar uma imagem. Aprende, porém, todas estas coisas "vendo", pois começa a descobrir o mundo principalmente através da visão.
No nascimento, a córnea e o cristalino do olho ainda não alcançam sua plena capacidade refrativa, mas a visão melhora dia a dia com o avanço da plasticidade; lembrando-os da importância refrativa destas duas estruturas oculares. Nos primeiros dias, a criança vê tudo de modo plano e não tridimensional, mas, com três semanas de vida, já levanta a mão num gesto de defesa se um objeto se aproxima rapidamente em direção aos seus olhos.

Um recém-nascido não pode focalizar bem as pessoas ou os objetos situados a uma certa distância. Irá vê-los sem nitidez e um pouco embaçados. Entretanto, pode ver claramente tudo o que está a menos de 20 a 30 cm de distância. Esta distância óptica na capacidade visual do bebê não é ao acaso, corresponde à medida entre seu rosto e o da mãe quando esta em seus braços. As mães costumam aproximar instintivamente seu rosto ao do bebê até alcançar esta distância, é a sábia natureza associada a óptica!
Todos os recém-nascidos sentem curiosidade pelo mundo à sua volta e tentam captá-lo com seus sentidos, principalmente com os olhos. Desenhos complicados chamam mais a atenção que as superfícies com cores e padrões planos. O bebê olhará para o seu chocalho roxo ou vermelho enquanto não tiver outra coisa mais interessante à vista. Mas se lhe mostrarmos um tabuleiro de xadrez de quadrados brancos e negros (padrão reverso de contraste) ele se fixará nela, através do fenômeno que denominamos olhar preferencial.

A partir do segundo ou do terceiro mês, o bebê vai percebendo os objetos com mais nitidez, até conseguir diferenciar bem os pequenos detalhes que o objeto propõe aos quatro meses. De modo semelhante, desenvolve-se a capacidade de olhar e de diferenciar rostos. Estudos realizados na fisiologia comportamental demonstram que quando o bebê olha o rosto da mãe ou o de outra pessoa que se aproxima dele, seu olhar desce do início do cabelo até os olhos, onde permanece por algum tempo, depois se fixa no queixo e volta a subir até os olhos. Uma criança de dois meses já sabe distinguir rostos de verdade de outros desenhados. Poucas semanas mais tarde, aproximadamente aos quatro meses de idade, reconhece os pais, sorri para eles francamente e lhes dá preferência entre outras pessoas.

Pode acontecer de os recém-nascidos ficarem um pouco estrábicos ocasionalmente, pois ainda não controlam bem os músculos extrínsecos do olho. Esta debilidade muscular se deve ao fato de que o bebê, no útero, não tinha um ponto fixo para treinar o ajuste da visão com a cooperação dos músculos oculares. Estes músculos vão demorar ainda entre quatro e seis semanas para ganhar força, de forma que possa ver de maneira coordenada com ambos os olhos. De qualquer maneira, comprovou-se que, desde o dia do nascimento, os bebês demonstram maior interesse em contemplar visualmente uma superfície estampada que uma lisa e, depois de poucos dias, já seguem com os olhos o movimento de uma luz. Quando se mostra um retrato de um rosto humano e um quadro sem figuras e em branco, o bebê é capaz de girar sua cabeça para seguir o retrato do rosto.
O desenvolvimento da estereopsia (percepção espacial) produz-se de modo semelhante. Nos últimos anos foram feitos diversos estudos para analisar e pesquisar a capacidade visual dos bebês. Por exemplo, colocaram-se sobre uma mesa de vidro alguns bebês que já engatinhavam. A mesa estava pintada com um desenho de azulejos brancos e pretos que continuavam no piso. O vidro cobria não só a mesa, mas também a superfície pintada da mesma maneira (mesa e piso). Quando um dos bebês engatinhou sobre o vidro até a borda da mesa, se assustou diante do suposto "abismo". Esta "dica" foi possível graças a percepção de profundidade (estereopsia), parte integrante do que chamamos Visão Binocular que começa a formar-se na idade de quatro meses (no caso da estereopsia).

Por volta desta mesma idade, a criança, ao descobrir o mundo, começa a testar a interação entre mãos e olhos. Leva algumas semanas olhando os dedos com certa curiosidade. Estende a mão em direção a algum brinquedo ou objeto de interesse, tenta medir a distância entre a mão e o objeto, alternando o olhar entre este e aquela, e vai repetindo o gesto e tateando até tocar o brinquedo.
Um recém-nascido não distingue as cores. Primeiro parecem sombras mais ou menos escuras, já que os cones de sua retina ainda devem crescer. Paulatinamente, vai reconhecendo primeiro o vermelho, depois o azul, seguido pelo verde e, finalmente, o amarelo. Já percebe matizes com alguns meses de idade e, aos dois anos, tem o aparelho visual plenamente desenvolvido. Crianças de poucos meses submetidas a uma experiência demonstraram mais interesse pelas cores vermelha e azul. Também preferem as cores puras às que se apresentam mescladas.

A importância das impressões ópticas para o recém-nascido foi demonstrada pelo fato de os bebês que são carregados nos braços ou no colo durante muito tempo apresentarem uma atividade visual muito mais alerta que outros que permanecem mais tempo deitadas. Espero ter demonstrado o quanto é importante à estimulação visual de nossos bebês desde o nascimento.
Prof. Leandro Rhein
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Alegria


Nunca devemos conservar qualquer outro sentimento em nossos corações, a não ser a ALEGRIAAAAAAAAAAA !!!!!

Poluição Provoca Doenças Oculares


A piora da qualidade do ar causa grave inflamação da córnea...

A piora da qualidade do ar causa grave inflamação da córnea, conjuntivite tóxica e dobra a síndrome do olho seco. A rota do biocombustível deu origem a 200 novas usinas no País e a mais de 4 milhões de hectares com plantação de cana-de-açúcar só no estado de São Paulo.

Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a má notícia é que sem prevenção este investimento coloca a saúde ocular em risco. Isso porque, a previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) é de que nos meses de agosto e setembro as queimadas devem atingir níveis críticos no País.

Queiroz Neto explica que a piora da qualidade do ar contribui para a maior evaporação da lágrima que tem a função de proteger os olhos das agressões externas. Significa que mesmo quem tem boa saúde ocular fica mais vulnerável às doenças.

Ele afirma que a população rural merece atenção especial. Isso porque no campo é mais freqüente a ceratite fúngica, inflamação que pode causar graves lesões na córnea, perfuração e até a perda da visão. Isso acontece, observa, porque lavradores mantêm os olhos mais expostos a traumas por partículas contaminadas durante o trabalho.

Outros grupos de risco são: pessoas mal nutridas, imunodeprimidas, que já têm doenças pré-existentes na córnea, como por exemplo, herpes, e usuários de lentes de contato por manuseio e manutenção incorretos. O especialista adverte que os sintomas da ceratite são bastante parecidos com os da conjuntivite: olhos vermelhos, dor, lacrimejamento, sensibilidade à luz e visão borrada.

Os tratamentos, entretanto, são bastante diferentes e exigem diagnóstico médico já que a instilação de colírio impróprio pode levar à perda irreparável da visão. SAIBA COMO PROTEGER OS OLHOS Outro problema que pode decorrer da poluição é a conjuntivite tóxica, inflamação da conjuntiva, membrana que recobre as pálpebras e superfície ocular.

Queiroz Neto explica que é favorecida pela transpiração e oleosidade da pele que permitem a penetração dos poluentes nos olhos. Ele diz que a poluição também agrava a síndrome do olho seco, uma alteração em um dos três ingredientes da lágrima - água, proteína e gordura.

A combinação de frio, estiagem e poluição fazem a síndrome do olho seco atingir 20% da população contra 10% no restante do ano. A síndrome, observa, também pode ser causada por: ar seco, uso intensivo de computador, menopausa, envelhecimento que reduz em até 60% a produção lacrimal, doenças auto-imune, uso de pílula anticoncepcional e medicamentos para hipertensão, alergia, digestão, depressão, disfunções da tireóide ou inflamações.

Os sintomas são olhos vermelhos, ardência, fotofobia (aversão à luz), vista embaçada e cansaço visual. Para eliminar o desconforto do olho seco o tratamento é feito com colírio de lágrima artificial. Quem pensa que qualquer colírio resolve o problema, se engana. Existem diversos tipos de lubrificante e cada um atua de uma forma sobre a lágrima.

Por isso é necessário passar por avaliação médica para diagnosticar qual das camadas está sofrendo alteração para usar a medicação correta. As principais dicas de Queiroz Neto para proteger os olhos são:



Hidratação

*Beba bastante água *Coloque vasinhas com água nos ambientes *Faça compressas com água filtrada nos olhos *Procure seu médico se a irritação não desaparecer em 2 dias *Evite ar condicionado Síndrome do olho seco *Colírio de lágrima artificial sob prescrição médica *Suplementação ou alimentação rica em Ômega 3 encontrado no bacalhau, salmão, atum, arenque e semente de linhaça.

Descontaminação

*Use óculos nas atividades externas *Lave os olhos em caso de penetração de poluentes *Lave o rosto e as mãos com freqüência *Enxugue a transpiração com toalhas descartáveis *Não compartilhe produtos de beleza, toalhas ou colírios *Evite receitas caseiras. Medicação Não use colírios sem prescrição médica porque podem agravar doenças, causar catarata e glaucoma.

Lentes de contato

*Não durma com lentes *Respeite o prazo de validade *Troque o estojo a cada 4 meses *Use solução multiuso na limpeza e enxágüe *Friccione bem na limpeza *Coloque ante da maquiagem *Interrompa o uso no primeiro desconforto *Guarde o estojo em ambiente limpo e seco Computador *Pisque voluntariamente *Faça pausas de 5 a 10 minutos a cada hora *Posicionar o monitor 20 graus abaixo do nível dos olhos, contra a janela, com pouco brilho e máximo contraste. Trabalho no campo, com substâncias químicas ou faíscas  Use equipamento de proteção ocular individual.
Fonte: Jornal Dia a Dia

Circuito elétrico em lente de contato pode monitorar glaucoma



Circuito revela alterações na tensão quando as lentes sofrem pressão dos olhos, principal fator de risco do glaucoma.

Atualmente, a única maneira de um paciente com glaucoma obter dados sobre sua doença é ir ao consultório médico. Lá, a clínica administra uma série de testes para medir o principal fator de risco do glaucoma, a pressão intra-ocular (IOP), e prescrever medicação adequada. Mas, como as visitas normalmente ocorrem duas ou três vezes ao ano, e não há um aparelho para fazer esse monitoramento em casa, pode haver alguns casos de agravamento de pressão entre as visitas.

Para reduzir este risco, cientistas da Universidade da Califórnia , nos Estados Unidos, desenvolveram protótipos de lentes de contato com um sensor de pressão embutido, usando um moderno processo que insere um minúsculo circuito elétrico dentro do delicado material de polímero.

O desenvolvedor da lente, Tingrui Pan, professor assistente de Engenharia Biomédica disse que o design pode eventualmente ser modelado em lentes de contato descartáveis, permitindo ao paciente monitorar o glaucoma em casa, continuamente, 24 horas.

A equipe de Pan descobriu que a tensão dentro dos minúsculos circuitos muda um pouco quando o polímero é dobrado. Segundo o professor, como a pressão interna do olho aumenta, a forma das lentes de contato se distorce, provocando uma mudança de voltagem nos fios metálicos. Os pesquisadores publicaram as descobertas no jornal Advanced Functional Materials.

No entanto, ainda há vários obstáculos ao protótipo antes que seja colocado em prática nas lentes de contato. Na versão atual, o circuito feito de prata é opaco e, naturalmente, obstrui a visão. Pan diz que um circuito visível deverá ser usado em breve em testes na clínica. Ele também está à procura de materiais que possam ser feitos dentro de circuitos transparentes, porém a longo prazo.
Fonte: IDG Now

Ergoftalmologia



Síndrome de visão de computador (CVS) é caracterizada por cansaço visual associado com uso prolongado do computador. Sintomas de CVS incluem olhos irritados, vermelhos, coceira, olhos secos ou lacrimejamento; e ainda fadiga, sensibilidade a luz, sensação de peso nas pálpebras ou da fronte e ainda dificuldade em conseguir foco.Outros sintomas de CVS são enxaquecas, dores lombares e espasmos musculares. Muitos indivíduos que sofrem de CVS nem mesmo sabem que têm a condição. Muitas pessoas têm leves alterações visuais que não causam sintomas quando estão executando tarefas visuais menos exigentes. Nestas pessoas, os sintomas percebidos ao usar o computador podem ser o resultado de erro refrativo (grau) ou outras desordens.Fonte: Soblec