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terça-feira, 16 de junho de 2009

Computador x visão da criança



Estudo mostra que horas excessivas na frente da tela podem prejudicar a visão do seu filho

Se o computador já faz parte das atividades diárias do seu filho, com certeza uma de suas preocupações é com a segurança do que ele está vendo. Mas, e o tempo em que ele passa na frente da dela? Estudo realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de Campinas, analisou 360 crianças, entre 9 e 13 anos, que ficavam por horas sem parar usando computador ou videogame. O resultado mostrou que 21% delas tinham miopia (quando a criança enxerga bem imagens próximas e vê mal as distantes).

Embora a hereditariedade desempenhe um papel importante na miopia, essa pesquisa preliminar mostra que certos hábitos cada vez mais precoces na vida das crianças, como o uso constante do computador, podem influenciar no surgimento da miopia transitória ou acomodativa. “Ela acontece quando a criança treina o olho para enxergar só de perto, provocando uma dificuldade de foco para longe”, diz Leôncio. Mas isso não significa que ela precise de óculos nesse primeiro momento.

A criança deve ser avaliada pelo especialista para confirmar a miopia transitória, que com uma mudança na rotina já é capaz de reverter o quadro. Segundo Leôncio, o ideal é que a cada 50 minutos no computador a criança descanse meia hora. “Ela precisa parar e olhar para longe, mudar o foco, e brincar mais ao ar livre”, diz.

Outra observação do especialista é em relação à posição do computador em casa, que geralmente está preparado para uso do adulto. Entre as dicas, ele destaca que o correto é quando a criança fica com a cabeça reta e uma distância de, pelo menos, 60 cm entre os olhos e a tela. Prefira também monitores maiores, que não forçam tanto a visão do seu filho e a sua.

Consultas
Não se esqueça. Quando se fala na visão da criança, o diagnóstico precoce de qualquer problema é fundamental. Por isso, até os 2 anos você deve levar seu filho ao oftalmologista. Como a visão se desenvolve completamente até os 7 anos, em média, fica mais difícil resolver erros de refração depois dessa idade.
Ana Paula Pontes - Revista Crescer

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