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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Estudantes criam óculos-mouse para pessoas com deficiência
O Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que aconteceu em novembro, em Brasília, foi marcante para os estudantes Alexandre Sampaio, Cléber Quadros e Filipe Carvalho. Com o projeto batizado de óculos-mouse, eles colocaram o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense entre os destaques do evento. Agora, o grupo quer ir ainda mais longe. E planos para isso não faltam.
Professor de eletroeletrônica do campus Charqueadas e um dos orientadores do projeto, Márcio Bender revela que os óculos-mouse têm grandes chances de comercialização. Primeiro, devem passar por uma bateria de testes antes de virar um protótipo e entrar de vez no mercado.
– Essa é a expectativa. O equipamento é eficiente, de baixo custo e atende às necessidades e limitações do usuário –, afirma o professor.
Segundo Bender, além de inovadora, a ideia ganhou força por se tratar de uma tecnologia que permite a inclusão de deficientes físicos. Por meio de um sistema eletrônico interligado, que utiliza um emissor de luz infravermelha e um receptor fixados em um par de óculos, é possível acionar o clique do mouse com apenas um piscar de olhos.
Já para a movimentação do cursor, foi desenvolvido um sistema de sensores, colocados em locais específicos nos óculos. Eles captam a inclinação da cabeça, tanto para a direita como para a esquerda, e transmitem o sinal ao mouse.
Alexandre, Cléber e Filipe têm consciência da importância de sua criação. Em Brasília, o trio foi muito assediado pelos visitantes, interessados em mais informações sobre o projeto.
– Eles queriam saber detalhes, até mesmo para poder reproduzir mais tarde –, explicam.
O reitor Antônio Carlos Barum Brod virou fã da gurizada. No estande do instituto na mostra estudantil, uma das atrações do Fórum Mundial, Brod elogiou o projeto e posou para fotos ao lado dos inventores.
– A inclusão educacional é uma realidade. O papel dos institutos federais nesse processo é de suma importância, principalmente quando utilizamos a pesquisa, a inovação tecnológica, em favor de quem mais precisa –, observou.
Bender conta que já existiam alguns projetos eletrônicos em andamento, mas o grande diferencial foi utilizá-los em prol da inclusão, ajudando no desenvolvimento das potencialidades de pessoas com deficiência. O mergulho no novo foco contou com o apoio da professora Andréia Colares, que trouxe na bagagem uma larga experiência como coordenadora do Núcleo de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais (Napne), mantido pelo próprio campus Charqueadas.
Diretor-geral do campus, José Luiz Lopes Itturriet lembra que na lista das chamadas tecnologias assistivas estão incluídos ainda o forno elétrico automático adaptado e a bengala eletrônica com sensor ultrassônico, ambos para deficientes visuais, e páginas da internet adaptadas a pessoas com necessidades especiais.
Correio do Brasil
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
13 de Dezembro - Dia de Santa Luzia, Dia do Deficiente Visual e Dia do Ótico
Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.
Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.
Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".
Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.
Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.
Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.
Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.
Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.
Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.
Oração de Santa Luzia
Santa Luzia, Virgem e Mártir, que tanto agradastes ao Senhor, preferindo sacrificar a vida a lhe ser infiel, vinde em nosso auxílio e por meio de vossa intercessão livrai-nos de toda a enfermidade dos olhos e do perigo de perdê-los. Possamos por vossa intercessão passar a vida na paz do Senhor chegando um dia a vê-lo com os olhos transfigurados na eterna pátria dos céus.
Amém!
Santa Luzia...rogai por nós
Fonte: Santa Luzia Net
Dia da Santa Luzia
A Capela de Santa Luzia e Menino Jesus de Praga, também conhecida por Igreja de Nossa Senhora da Cabeça, celebra a Santa Missa Tridentina (termo relativo ao Concílio de Trento [1545-1563] que unificou a prática litúrgica na Igreja Ocidental), em latim e português e com Canto Gregoriano nos domingos às 11:00h e às 16:30h. Fica ao lado da Catedral da Sé, na Rua Tabatingüera, 104, Centro.
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CAPELA DE SANTA LUZIA E MENINO JESUS DE PRAGA
(IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CABEÇA)
Capela feita a expensas de Anna Maria de Almeida Lorena Machado, inaugurada a 13/12/1901, durante a festa de Santa Luzia.
A Capela do Menino Jesus e de Santa Luzia, situada na Rua Tabatinguera, 104, no Bairro da Sé, no Centro da Cidade de São Paulo, com seu estilo neo-gótico (estilo típico das construções brasileiras erguidas no início do século XIX, onde se observa uma junção do estilo gótico medieval com estilos clássicos, junção esta encontrada nas antigas catedrais francesas), como a Catedral da Sé (início da construção em 1913), foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (CONDEPHAAT).
Essa Capela, que possui um enorme valor em virtude de sua pintura mural estar totalmente preservada, foi construída pelo Arquiteto Domingos Delpiano (nascido na Itália, foi um dos sete primeiros padres salesianos que chegaram ao Brasil em 1883. É dele o projeto e a construção de várias obras, dentre as quais se destaca o Monumento a Maria Auxiliadora, para propagar sua devoção à Santa, construído em Niterói, no alto de uma colina, a cem metros do nível do mar, sobre uma rocha que lhe serve de alicerce).
Obras sacras que lá se encontram:
1.São Judas e o Soldado Romano.
2.Menino JESUS.
3.São José e o menino JESUS( no colo).
4.NOSSA SENHORA DA CABEÇA (com uma cabeça na mão e JESUS no colo).
5.Santa MADALENA.
6.Azulejo da N. Sra. da Cabeça.
7.Capela externa com imagem da Sta. Luzia e N. S. da Cabeça.
8. Velário com imagem de Jesus na Cruz.
Revista SP
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Boa iluminação faz toda a diferença!
Os efeitos visuais da iluminação vêm sendo estudados a mais de 500 anos e há registros de que Leonardo da Vinci escreveu sobre ruas iluminadas. Com a introdução da iluminação à gás e a luz elétrica, em meados de 1800, o estudo dos efeitos visuais da iluminação começaram a ser mais práticos. De lá pra cá, todos os esforços foram focados em projetar ambientes melhores iluminados. Com a recente descoberta, no ano de 2002, de uma nova célula fotoreceptora no olho que controla os efeitos biológicos da luz e da escuridão, foi possível entender que a boa iluminação tem influência positiva no bem-estar, no desempenho, na produtividade e até na qualidade do sono. Isso significou também que os parâmetros de boa iluminação precisavam ser revistos.
É importante que arquitetos e engenheiros tomem consciência de que o desenho da iluminação pode incidir negativamente na qualidade da visão de crianças, adultos e, principalmente, dos idosos. Assim como se fazem adaptações em um espaço físico para atender a quem tem problemas de locomoção, também é preciso criar soluções para a boa iluminação, que ajuda não só a ver melhor, mas também a auto-confiança e autonomia. A cor da luz, por exemplo, representa um papel de destaque: uma luz um pouco azulada dá a impressão fresca, que é frequentemente agradável e estimulante, enquanto uma luz avermelhada dá uma impressão morna que pode ser experimentada como aconchegante.
Mas afinal, o que é uma boa iluminação?
Para começar, podemos resumir o funcionamento da visão: a luz refletida em um objeto passa pela córnea do olho; o cristalino é ajustado para focalizar os raios de luz, que chegam então à retina, onde milhões de células sensíveis à luz interpretam esses raios e transmitem a imagem ao cérebro. Deu para perceber a importância da luz nesse processo, certo? De qualquer forma, a boa iluminação depende sim, do tipo de luz com a qual cada pessoa se habituou a viver e se ela é portadora de problemas de visão. O que é afetada comumente pela presença maior ou menor de luz é a percepção visual. Isso pode fazer com que o cérebro interprete de forma diferente os dados que chegam até ele. Com mais luz, por exemplo, é possível perceber mais cores, o que sempre é mais confortável.
E com o avanço da idade, as pessoas enxergarão melhor as letrinhas se tiverem mais contraste, que pode ser conseguido com aumento da quantidade de luz. É importante frisar que aos 60 anos precisamos de, pelo menos, iluminação três vezes maior do que aos 20 anos. Vários dos leitores já devem ter sentido na pele, quando vão a restaurantes, a necessidade de esticar o braço ao máximo na tentativa de colocar o cardápio em foco ou mesmo os pedidos de ajuda na hora de preencher cheque. A presbiopia, a chamada "vista cansada", já exige esforços extras dos que tem seus 50 anos, o que dirá se a iluminação não corresponder ao mínimo necessário. A boa iluminação, em suma, é aquela que oferece quantidade de luz e contraste suficiente para a realização das tarefas. A má iluminação é a que causa ofuscamento ou não permite reconhecer os detalhes.
Capítulo à parte se aplica à boa iluminação no ambiente de trabalho. A maioria das organizações já percebeu que um ambiente agradável é benéfico para a motivação dos funcionários e resulta no aumento da produtividade e retenção de talentos. Reverberando o que já citamos acima, um dos itens ambientais mais importantes quando falamos de local de trabalho é a iluminação, que pode conduzir os trabalhadores a um melhor desempenho, menor número de erros e maior segurança contra acidentes. Só para se ter uma idéia, diversos estudos demonstram que a iluminação adequada melhora em 20% a produtividade por aumentar a velocidade com que as tarefas são realizadas.
Em casa, para conseguir um ambiente funcional e confortável em termos de iluminação, a dica é o uso de camadas de luz, ou seja, além de uma luz básica que ilumine todo o ambiente, é bom usar fontes auxiliares como abajur ou luminárias em pontos específicos. Isso permite eliminar sombras e reflexos. As persianas nas janelas também dão a chance de controlar a entrada de luz natural, que pode ajudar bastante. Claro que se existem dificuldades no trabalho, optar por uma dessas fontes auxiliares pode ser uma boa pedida.
A boa iluminação, portanto, é peça fundamental para que a oftalmologia consiga desempenhar seu melhor papel. Poder relacionar as espetaculares inovações tecnológicas por que passa a profissão com situações simples e básicas como a boa iluminação aponta a importância de algo que pouca gente percebe: os benefícios de ter a luz na medida certa.
Dr. Leôncio Queiroz Neto
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sábado, 5 de dezembro de 2009
A Saúde Ocular no Esporte
Além da alta freqüência da conjuntivite verificada no brasileirão, aumento da transpiração e estresse geram alterações visuais que comprometem o desempenho.
Praticar esportes faz um bem indiscutível à saúde, mas também pode induzir a doenças se não forem tomados cuidados simples para preservar a saúde. Este é o caso da conjuntivite (inflamação da conjuntiva) que no brasileirão afastou do campeonato vários craques: Bruno do Flamengo, Henrique do Corinthians, Arouca do São Paulo, Chiquinho do Atlético GO, mais cinco jogadores do Fortaleza.
Coceira, vermelhidão, pálpebras inchadas, sensibilidade à luz, lacrimejamento e queda da visão são os sintomas da doença. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a conjuntivite mal tratada pode provocar cicatrizes na córnea que causam declínio permanente da visão, mas é considera um mal menor pelo brasileiro. Tanto que só o medo da gripe suína fez a população adquirir hábitos que previnem a doença: lavar as mãos com freqüência, evitar o compartilhamento de objetos pessoais e aglomerações. É o que aponta um levantamento feito pelo médico de junho a agosto quando o número de diagnósticos teve uma queda de 25%, comparado ao mesmo período de 2008.
Para Queiroz Neto, a alta freqüência da conjuntivite entre jogadores profissionais indica uma incidência bem maior nos participantes de peladas de final de semana. O problema, comenta, é que o futebol e outros esportes de contato dificultam a adesão aos hábitos preventivos. As dicas para driblar esta dificuldade são: evitar levar as mãos aos olhos e o compartilhamento de toalhas durante os jogos.
UMIDADE DOS OLHOS FACILITA SOBREVIVÊNCIA DE VÍRUS
O médico alerta que até no verão os olhos facilitam a sobrevivência de vírus por serem úmidos. Por isso, nesta época do ano a higiene deve ser redobrada para evitar a conjuntivite que cresce 20%. Além do vírus, explica, no calor a conjuntivite pode ser causada por bactérias que se proliferam em ambientes quentes e pelo contato com substâncias químicas que penetram nos olhos através do suor. Ao primeiro sinal de desconforto a recomendação é fazer compressas quentes quando houver secreção amarelada e gelada se a secreção for transparente. Não desaparecendo os sintomas em dois dias é importante consultar um oftalmologista.
DESIDRATAÇÃO AMEAÇA OLHOS
Jogadores de futebol e praticantes de outras atividades aeróbicas têm o dobro de risco de apresentar doenças relacionadas ao calor; desidratação, exaustão e choque térmico. Para os que têm IMS (Índice de Massa Corpórea) acima do normal este risco é ainda maior, afirma Queiroz Neto. Isso porque, o sobrepeso aumenta a transpiração, a chance de ocorrer alterações cardíacas e circulatórias. Na opinião do especialista, no Brasil as partidas de futebol geralmente acontecem no final da tarde para minimizar estes efeitos. Ainda assim, comenta, a transpiração intensa faz muitos jogadores sentirem câimbra por causa da grande perda de água e sódio durante os jogos.
Nos olhos, ressalta, mesmo a desidratação leve, acarreta o ressecamento da lágrima cujos sintomas são ardência e visão embaçada. Para evitar este desconforto, ele diz que esportistas devem tomar, no mínimo, 2 litros de água/dia, ou até mais se sentirem sede, além de consumir alimentos ricos em Ômega 3 que melhoram a qualidade da lágrima. Até a redução da visão periférica pode ocorrer como conseqüência da falta de água. O especialista explica que isso acontece quando a desidratação ocasiona hipotensão arterial (pressão baixa) em portadores de glaucoma de pressão intra-ocular normal; 10 a 21 mmHg (milímetros de mercúrio) - que atinge entre 10% e 15% dos portadores da doença.
HORMÔNIOS FORA DE FOCO
Queiroz Neto diz que entre atletas boa parte das dores musculares está relacionada ao estresse a que são submetidos durante as competições. Isso porque, em situações estressantes as glândulas supra-renais aumentam a produção de dois hormônios; cortisol e adrenalina; que aumentam a tensão muscular. Isso também desencadeia o enrijecimento da musculatura ciliar que sustenta o cristalino, membrana ocular responsável pela focalização das imagens. Por isso, quem tem miopia, astigmatismo ou hipermetropia pode experimentar uma piora da acuidade visual durante as práticas esportivas.
A falta de foco, comenta, contribui com o aumento das contusões, quedas e erros táticos em campo. A dica para diminuir este efeito é fortalecer a musculatura com suplementação de vitamina E que também combate a formação de radicais livres, responsáveis pelo enfraquecimento e envelhecimento precoce da visão.
Saúde e Lazer
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009
A moda na ponta dos dedos
Mesmo se estiver acompanhada, a pedagoga Adriana Barsotti, de 38 anos, que é deficiente visual desde a infância, gosta de decidir sozinha a compra de suas roupas e calçados. Ela faz isso pelo toque. "Gosto de passar a mão, avaliar a textura e o formato. Depois, pergunto as cores. Adoro roupas com pedrinhas e de cores vivas. É pelo toque que decido se levo ou não, independente se estou com alguém", contou a pedagoga da Laramara (instituição que trabalha com deficientes visuais), durante o 1º Encontro Estilo, Elegância e Equilíbrio promovido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Foram dois dias do encontro, em São Paulo, com o objetivo de debater a relação entre o mercado da moda e a pessoa com deficiência visual (PDV) como consumidora. Comportamento, etiqueta, estilo e independência do deficiente visual na escolha do produtos e dilemas foram alguns dos temas abordados com oito profissionais renomados do setor.
Segundo a presidente emérita e vitalícia da fundação, Dorina de Gouvêa Nowill, de 90 anos, a proposta do evento, inédito, foi ampliar o debate em torno das experiências vivenciadas pelos deficientes na hora de ir às compras. "É muito importante que o comércio seja sensível às necessidades e dificuldades da PDV, adequando suas ofertas a um bom atendimento no sentido de ajudá-las a praticar a liberdade de escolha como todo consumidor", disse.
Desafios - Entre os deficientes participantes do evento, algumas dificuldades foram levantadas e debatidas. Entre elas, o acesso às lojas de ruas espalhadas pela cidade, a dependência dos vendedores para localizar o produto do seu gosto e a falta de recursos, como a descrição dos itens de consumo.
"A gente não enxerga, mas usa roupa, calçado e faz tudo usando a percepção. Hoje há muitos recursos e podemos usá-los em benefício daqueles que têm limitações", ressaltou Dorina, que aproveitou o encontro para informar aos palestrantes que o censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra mais de 2,5 milhões de PDVs no Brasil.
Para a advogada e presidente do Instituto Íris, Thays Martinez, de 35 anos, deficiente visual desde os quatro anos de idade, o maior desafio é o atendimento e deixou um conselho aos lojistas. "A aparência é uma parte importante da vida da pessoa e não abro mão de me vestir bem mesmo dando trabalho para os vendedores, porque há muita gente sem informação e despreparada para atender a PDV. Minha dica aos lojistas é considerar nossas dificuldades, como de acessibilidade, e não misturar a questão de responsabilidade social com o atendimento a pessoas com necessidades especiais".
A diretora-geral da grife francesa Dior no Brasil e presidente da Associação de Lojistas da Oscar Freire, Rosângela Lyra, se comprometeu a repassar os dilemas da PDV aos comerciantes do setor. "Vejo que há uma demanda reprimida e vou levar todas essas questões para a próxima reunião com os lojistas", afirmou.
O desfile contou uma inédita audiodescrição feita pela especialista Lívia Motta, por meio do qual os deficientes visuais puderam tocar os tecidos, verificar as estampas, texturas e saber das cores e detalhes das roupas, sapatos e dos acessórios, além de tirar dúvidas. O estilista Geraldo Lima da loja Urânio falou da analogia das cores. "A dica é procurar entender as cores, fazendo uma analogia com o estado de espírito e diversificar o guarda-roupa", disse.
Cerca de 200 pessoas participaram do encontro, entre estudantes de moda, estilistas, lojistas além de consumidores com e sem deficiência. "Tudo o que aprendi vai contribuir para organizar melhor o meu guarda-roupa e ficar mais atenta à moda, inclusive para ser melhor atendida nas lojas", concluiu a pedagoga da Laramara.
Geriane Oliveira - Diário do Comércio
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Menino cego usa "sonar" para "ver" o mundo
Um menino britânico de 7 anos, cego, conseguiu aprender a "ver" objetos usando sua audição.
Lucas Murray estala sua língua e usa o eco provocado pelos objetos para construir o cenário em seu entorno.
A técnica é semelhante à do sonar usado por morcegos e golfinhos.
Lucas estala sua língua no céu da boca, e pelo som que escuta do eco ele consegue descobrir a distância, a forma, a densidade e a posição dos objetos.
A técnica, conhecida como "ecolocalização", ajudou Lucas, que nasceu cego, a jogar basquete e a escalar montanhas.
Flash
Ele aprendeu o sistema com o californiano Daniel Kish, de 43 anos, que fundou uma organização não governamental internacional de ajuda aos cegos.
Os pais de Lucas, Sarah e Iain, viram Kish em um programa de TV e o convidaram para visitar o filho em sua cidade, Poole, no sul da Grã-Bretanha.
"O Lucas é capaz de estalar sua língua para determinar onde as coisas estão ao seu entorno e o que são essas coisas. Ele é capaz de se movimentar confortavelmente sem ter que se segurar em outras pessoas", afirma Kish.
"O estalo basicamente emite um som que reflete no ambiente um pouco como o flash de uma câmera", explica.
Mobilidade 'extraordinária'
Lucas consegue determinar a distância dos objetos ao estimar o tempo que o eco leva para voltar e é capaz de estimar a localização do objeto sabendo em que ouvido o eco é percebido primeiro.
A densidade e a forma do objeto é percebida pela intensidade do som que retorna.
Um objeto que se move para mais longe cria um som com volume mais baixo, e um objeto que se aproxima cria um som com volume mais alto.
Segundo Kish, Lucas determina as qualidades de um objeto pelas características do som que ele consegue perceber.
"Ele joga basquete, é capaz de acertar a bola na cesta com os estalos da língua. Ele consegue jogar muito bem", afirma Kish.
Para ele, a mobilidade alcançada por Lucas é "extraordinária".
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Os olhos podem ser uma janela para as doenças do coração
Por séculos, os olhos têm sido vistos como as janelas para a alma. Mas os cientistas agora acreditam que os olhos também podem fornecer pistas vitais para o risco de doenças cardíacas e derrames.
Esta pesquisa pode permitir que os optometristas e oftalmologistas passem a desempenhar um papel fundamental no diagnóstico para a identificação de sinais de problemas de saúde graves, que ameaçam a vida dos pacientes.
A visão escondida dos olhos
Pesquisadores do Centro para Pesquisas dos Olhos da Austrália confirmaram que os vasos sanguíneos da retina, localizada na parte posterior do olho, podem revelar alterações nos vasos sanguíneos de outras partes do corpo, especialmente no cérebro, nos rins e no coração.
O estudo demonstrou que os vasos sanguíneos da retina podem ser fotografados e as imagens analisadas por um programa de computador para determinar com precisão o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco ou um derrame, ou AVC (acidente vascular cerebral).
Evitar ataques cardíacos e derrames
Quando uma pessoa tem sintomas de uma doença cardiovascular, normalmente o dano no organismo já é irreversível. Desta forma, encontrar as pessoas com elevado alto risco e tratá-las o mais cedo possível, mesmo antes de terem os sintomas, pode minimizar os danos aos vasos sanguíneos e, potencialmente, evitar os ataques cardíacos ou o derrame.
Atualmente, os médicos estimam a chance estatística de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares analisando os fatores individuais, como se ela é fumante, seu histórico familiar, peso, colesterol e pressão arterial. Depois de apresentar os sintomas, testes invasivos mais detalhados, como a angiografia, são necessários para confirmar o resultado e avaliar a gravidade dos danos às artérias do coração.
O objetivo dos pesquisadores é criar mecanismos pelos quais os exames dos olhos possam funcionar em conjunto com os exames tradicionais, permitindo o diagnóstico da iminência do problema antes que ele ocorra de fato.
Olhando dentro dos olhos
"O teste é simples, não tem efeitos colaterais e nem riscos, que estão sempre presentes no caso de exames invasivos como as angiografias, e resultará em medidas preventivas mais específicas," diz o Dr. Tien Wong, um dos autores do novo estudo.
"Nós sabemos que o tabagismo, o álcool em excesso, o sedentarismo e a má alimentação são ruins para nossa saúde, mas ver as evidências não com os seus olhos, mas dentro dos seus próprios olhos, pode ser a campainha capaz de acordar a pessoa para as mudanças necessárias," diz a Dra. Christine Bennett, que também participa da pesquisa.
Diário da Saúde
Os exames de ressonância magnética, conhecidos como MRI, são recomendados para pacientes com riscos cardiovasculares e neurológicos elevados e que chegam ao hospital reclamando de vertigens, náuseas e sensação de tontura.
"A ideia de que um exame na cama possa superar um moderno exame de neuroimagem como o MRI é algo que a maioria dos médicos diria ser impossível, mas nós mostramos que isto é possível," diz o Dr. David E. Newman-Toker.
Causas das vertigens
As vertigens são um problema médico bastante comum, responsáveis por milhões de visitas aos prontos-socorros todos os anos. Enquanto a grande maioria dos casos são causados por problemas benignos relacionados ao ouvido interno, cerca de 4% dos casos são sinais de derrames cerebrais ou de ataques isquêmicos transientes, uma condição que frequentemente é um aviso prévio de que um derrame ocorrerá nos próximos dias ou semanas.
Como mais da metade dos pacientes com vertigens que estão sofrendo um derrame não apresentam nenhum dos outros sintomas - fraqueza em um dos lados do corpo, falta de sensações ou problemas na fala - os médicos das emergências não conseguem detectar cerca de um terço dos casos, perdendo a chance de um tratamento mais rápido e eficaz.
"Nós sabemos que o tempo é tudo, de forma que, se pacientes que estão tendo um derrame forem enviados para casa erroneamente, as consequências podem ser realmente sérias, incluindo a morte ou a invalidez permanente," diz o Dr. Jorge C. Kattah, que também participou do estudo.
Exame do movimento dos olhos
O estudo sobre o exame do movimento dos olhos foi sugerido por pesquisas anteriores que demonstraram que os pacientes que estão tendo um derrame cerebral apresentam alterações no movimento dos olhos que se correlacionam com os danos causados pelo derrame em diferentes áreas do cérebro.
Esses movimentos são diferentes das alterações causadas por doenças benignas, como a labirintite. Alguns pacientes, por exemplo, não conseguem ajustar imediatamente a posição dos olhos se sua cabeça for movida rapidamente para o lado, ou apresentam movimentos desconexos quando tentam focar um objeto ou olhar para o lado.
No estudo, os médicos submeteram cada paciente a três testes de movimentos com os olhos, procurando por sinais de incapacidade de manter os olhos estáveis quando a cabeça dos pacientes era girada rapidamente para os lados, movimentos aleatórios enquanto os pacientes tentavam acompanhar o movimento do dedo do médico e verificando a posição dos olhos para detectar se um deles ficava em posição elevada em relação ao outro.
A seguir, cada paciente foi submetido a um exame inicial de ressonância magnética, o exame de maior qualidade disponível atualmente para a confirmação de derrame em pacientes que reclamam de vertigens. Os pacientes cujos testes dos olhos sugeriam um derrame que não foi detectado na primeira ressonância magnética foram submetidos a um segundo exame de neuroimagem.
Simples, eficaz e gratuito
No final, 69 pacientes foram diagnosticados com derrame e 25 com problemas no ouvido interno. O restante apresentava outros problemas neurológicos. Utilizando apenas o exame dos movimentos dos olhos, os pesquisadores diagnosticaram corretamente todos os casos de derrame e 24 dos 25 casos de labirintite.
Por outro lado, o primeiro exame de ressonância magnética deu falso-negativo em 8 dos 69 pacientes com derrame, um erro que foi sanado no segundo exame de ressonância.
Os médicos afirmam que sua pesquisa foi conduzida com um número muito pequeno de pacientes, e que os resultados precisam ser confirmados em testes de mais larga escala. Contudo, eles estão entusiasmados com os resultados, incluindo a eliminação nos erros dos diagnósticos e o baixo custo para o sistema de saúde: "Os exames de movimento dos olhos são basicamente gratuitos, enquanto uma ressonância magnética pode custar US$1.000,00 ou mais," diz Newman-Toker.
Diário da Saúde
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A Saúde Ocular dos "Pequenos"
Mas, qual a idade certa para levar os pequenos ao oftalmologista? Que sinais indicam que a criança pode ter problemas de visão? De acordo com a pediatra Mariella Fortunato, a idade adequada para uma primeira avaliação é entre 2 e 3 anos. “Ele realizará um exame detalhado para verificar as condições gerais e indicar a graduação das lentes, se for o caso”, informa ela. Estima-se no Brasil que 15% das crianças precisam usar óculos. Caso esta necessidade não seja atendida, a criança pode ter sua capacidade de aprendizado e observação do mundo prejudicadas.
-Dor de cabeça ou mal-estar durante ou após um esforço visual (leitura, tevê, aula);
Secreções;
-Crianças que têm mania de esfregar muitos os olhos e franzir a testa para olhar à distância;
-Aproximar-se muito de livros ou cadernos para ler;
-Apresentar desinteresse por leitura;
-Apertar ou arregalar aos olhos para ver melhor;
-Evitar brincadeiras ao ar livre
Perigo à Vista
Poucos brasileiros têm idéia de que a radiação ultravioleta emitida pelo sol é ruim para os olhos. E a maioria nem desconfia que usar óculos escuros com lentes que não filtram a radiação ultravioleta A e B (UVA e UVB, respectivamente) aumentam as chances de ter doenças como a catarata, que pode levar à cegueira.
Na verdade, bons óculos devem ser usados até sem sol. “Apesar de as nuvens filtrarem parte da radiação solar, ela pode estar presente em dose suficiente para causar danos”.
E o pior é que o povo, mal informado, continua comprando óculos em barraquinhas que não oferecem nenhuma garantia, nem proteção.
Uniforme de Escola Australiana Inclui Óculos de Sol
Antigamente óculos escuros seriam considerados “estilosos” para a escola, mas para os alunos de uma escola primária pioneira na Austrália, eles agora são parte obrigatória do uniforme.
A mudança tem como objetivo proteger os olhos dos jovens dos perigosos raios ultravioleta do sol e as autoridades da área de educação dizem que estão considerando a hipótese de expandir o plano para todas as escolas estaduais.
O diretor da Escola Pública Arncliffe, de Sidney, onde os óculos de sol são obrigatórios para crianças do jardim da infância até a sexta série, disse que não houve problema para que as crianças os usassem no playground.
O secretário da Educação do Estado de New South Wales, do qual Sidney é a capital, declarou que o governo teria que considerar a obrigatoriedade dos óculos escuros em todos os playgrounds de escolas públicas.
“Pode ser que em certos ambientes seja mais apropriado que as crianças usem óculos escuros quando estiverem brincando ao sol”, declarou John Della Bosca a repórteres.
A exposição excessiva aos raios ultravioleta, que já foi culpada pelo câncer de pele, também pode causar catarata, segundo especialistas.
Um especialista do Hospital de Olhos de Sydney disse que óculos que seguem o contorno do rosto são a melhor proteção ocular e as crianças deveriam ser estimuladas a usá-los a partir dos três ou quatro anos de idade.
Os óculos escuros foram importantes principalmente no verão, quando a exposição a raios ultravioletas foi até cinco vezes mais elevada do que no inverno.
Fonte: Useoptica
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sábado, 18 de julho de 2009
Peixe gordo pode prevenir a cegueira
Peixe gordo, fonte de ácidos graxos essenciais, Omega-3, gorduras poli-insaturadas, vitaminas A, B, D, E e K, magnésio, ferro e fósforo, é um "medicamento" natural que protege contra doenças cardíacas e pode proteger também contra a cegueira.
Investigações, publicadas na revista Archives of Ophthalmology revelam que uma dieta regular com alto teor de gordura poli-insaturada, presente sobretudo em peixes como a sardinha, o salmão ou o atum, pode prevenir a cegueira na idade avançada, segundo dois estudos científicos.
Os trabalhos, publicados na semana passada na revista Archives of Ophthalmology, abordam em especial a maculopatia relacionada com a idade, uma causa da perda de visão que pode resultar da retinopatia diabética.
Um dos estudos acompanhou 681 idosos norte-americanos e comprovou que os que comiam peixe duas vezes por semana apresentavam, em 36%, um menor risco de degeneração macular. O outro, realizado na Austrália, acompanhou 2.335 pessoas com mais de 49 anos durante cinco anos, tendo concluído que o consumo de peixe pelo menos uma vez por semana reduziu em 40% os riscos da doença. Aguardam-se para daqui a cinco anos os resultados de outro estudo, em curso nos Estados Unidos, sobre os efeitos da ingestão de óleos de peixe e de luteína, um antioxidante natural, sobre a "macula lutea".
Shvoong
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domingo, 12 de julho de 2009
Você sabe como agir com um cão-guia?
Antes de mais nada saiba que sou um cão de trabalho e não um bichinho de estimação. Quanto mais me ignorar melhor será para o meu dono e para mim. Meu comportamento e trato são totalmente diferentes dos outros cães e devo ser respeitado em minha dupla função de guia e fiel companheiro do meu dono.
Por favor não me toque nem me acaricie quando me encontrar trabalhando, ou seja, quando eu estiver usando a guia. Se fizer isso posso me distrair e eu jamais devo falhar.
Então é melhor me ignorar. Mas não tenha medo! Os cães-guia são treinados e nunca seriam capazes de fazer mal, sem motivo.
Atenção! Se estiver acompanhado de um cão, por favor controle-o para evitar que cause algum acidente quando passar ao meu lado e do meu dono.
Por favor, não me ofereça alimentos. Meu dono já se encarrega disso com esmero. Estou bem alimentado e tenho horário certo para comer.
Se um cego com cão-guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pela direita, de maneira que eu fique a esquerda. Meu dono então me ordenará que siga você, ou lhe pedirá que lhe ofereça seu cotovelo esquerdo. Neste caso, usará uma senha para me indicar que estou temporariamente fora de serviço.
Se um cego com cão-guia lhe pedir informação dê indicações claras do sentido em que deve virar ou seguir para chegar ao local desejado.
Não se antecipe nem pegue o braço de um cego acompanhado de um cão-guia, sem antes conversar. Muito menos toque na minha guia, pois ela é só para o uso do meu dono.
Cães-guia têm lugares e horários pré-determinados para fazer suas necessidades.
Eu, como cão-guia estou habituado a viajar em todos os meios de transporte, acomodado aos pés do meu dono, sem atrapalhar os passageiros, tanto dentro como fora do país.
Em virtude do rigoroso treinamento, os cães-guia estão habituados e capacitados a entrar e permanecer junto aos seus donos em todos os tipos de estabelecimentos, tanto de saúde como em lojas, restaurantes, supermercados, cafeterias, cinemas, teatros, centros de estudo ou trabalho, etc sem causar alterações no funcionamento normal dos mesmos, nem incomodar os funcionários ou o público.
Nos locais de trabalho, os usuários de cães-guia estão capacitados para exercer suas funções com eles ao seu lado. Devido ao treinamento que recebem, os cães-guia nunca vagam pelos recintos. Eles permanecem acomodados aos pés do dono.
O cães-guia têm o mesmo direito que seus donos, de gozar de livre acesso a todos os locais públicos.
E então, vai me ajudar a divulgar o que lhe disse?
Obrigado, meu amigo!
Fonte: Portal do Deficiente Visual
Mais Informações:
Centro de Treinamento de Cães-Guia de Cego
Fone: (61) 3345-5585 / 3245-6613 / (fax) 3245-2290
http://www.iris.org.br/
Veja também: Encontrando com um deficiente visual.
.segunda-feira, 29 de junho de 2009
Óculos interativos inteligentes atendem a comandos dos olhos
Utilizando um minúsculo chip com um rastreador do olho, os novos óculos interativos permitem que o usuário selecione os dados a serem visualizados
As telas incorporadas em óculos e em capacetes já fazem parte do dia-a-dia dos pilotos de caças. Há especulações de que algumas equipes de Fórmula 1 já os utilizam, mas esses equipamentos continuam na categoria de promissores, não tendo ainda conquistado um uso mais largo, nem mesmo nos games e ambientes de realidade virtual.
Óculos interativos inteligentes
Agora, engenheiros alemães resolveram dar um incremento nesses equipamentos-conceito, incorporando-lhes "inteligência": utilizando um minúsculo chip com um rastreador do olho, os novos óculos interativos permitem que o usuário selecione os dados a serem visualizados - e isto usando apenas o próprio olhar.
Essas minúsculas telas, conhecidas pela sigla HMD ("Head-Mounted Displays": telas montadas na cabeça), até agora eram uma via de dados de mão única, apenas mostrando informações. "Nós queremos tornar esses óculos bidirecionais e interativos, para que novas áreas de aplicação se abram," explica o Dr. Michael Scholles, do Instituto Fraunhofer.
Comandos com os olhos
Os novos HMDs são conectados a um PDA, responsável por detectar os comandos emitidos pelos olhos do usuário e acionar o programa rodando no computador principal, que envia os dados para os óculos.
O objetivo da inovação é dar aos projetistas e engenheiros uma forma de selecionar rapidamente uma parte do projeto para dar um zoom. Tudo o que o usuário precisa fazer é fixar o olhar em determinado ponto da imagem. Sem usar diretamente qualquer outro equipamento - nem mouse e nem teclado - é possível abrir um menu, selecionar opções e até alterar as imagens mostradas.
Chip orgânico
O chip mede 19,3 por 17 milímetros. No protótipo ele está fixado na parte superior da armação dos óculos. A imagem da microtela é projetada diretamente na retina do usuário, dando a sensação de que ela está sendo visualizada de uma distância de cerca de um metro.
Como a imagem precisa superar a claridade do ambiente, os pesquisadores tiveram que apelar para os LEDs orgânicos, diodos emissores de luz estado-da-arte, capazes de gerar uma luminosidade muito elevada em comparação com os LEDs tradicionais.
Além dos engenheiros, os pesquisadores esperam que os novos óculos encontrem uso também entre os médicos e cirurgiões, que poderão acessar dados do paciente e imagens de exames enquanto fazem a operação.
Inovação Tecnológica
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terça-feira, 16 de junho de 2009
Computador x visão da criança
Estudo mostra que horas excessivas na frente da tela podem prejudicar a visão do seu filho
Se o computador já faz parte das atividades diárias do seu filho, com certeza uma de suas preocupações é com a segurança do que ele está vendo. Mas, e o tempo em que ele passa na frente da dela? Estudo realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, de Campinas, analisou 360 crianças, entre 9 e 13 anos, que ficavam por horas sem parar usando computador ou videogame. O resultado mostrou que 21% delas tinham miopia (quando a criança enxerga bem imagens próximas e vê mal as distantes).
Embora a hereditariedade desempenhe um papel importante na miopia, essa pesquisa preliminar mostra que certos hábitos cada vez mais precoces na vida das crianças, como o uso constante do computador, podem influenciar no surgimento da miopia transitória ou acomodativa. “Ela acontece quando a criança treina o olho para enxergar só de perto, provocando uma dificuldade de foco para longe”, diz Leôncio. Mas isso não significa que ela precise de óculos nesse primeiro momento.
A criança deve ser avaliada pelo especialista para confirmar a miopia transitória, que com uma mudança na rotina já é capaz de reverter o quadro. Segundo Leôncio, o ideal é que a cada 50 minutos no computador a criança descanse meia hora. “Ela precisa parar e olhar para longe, mudar o foco, e brincar mais ao ar livre”, diz.
Outra observação do especialista é em relação à posição do computador em casa, que geralmente está preparado para uso do adulto. Entre as dicas, ele destaca que o correto é quando a criança fica com a cabeça reta e uma distância de, pelo menos, 60 cm entre os olhos e a tela. Prefira também monitores maiores, que não forçam tanto a visão do seu filho e a sua.
Consultas
Não se esqueça. Quando se fala na visão da criança, o diagnóstico precoce de qualquer problema é fundamental. Por isso, até os 2 anos você deve levar seu filho ao oftalmologista. Como a visão se desenvolve completamente até os 7 anos, em média, fica mais difícil resolver erros de refração depois dessa idade.
Ana Paula Pontes - Revista Crescer
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Terapia com células-tronco pode curar cegueira
Aprovada obrigatoriedade de exame de vista em recém-nascido
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Brasil tem apenas 60 cães guias para 2 milhões de deficientes visuais
Rodrigo Marcondes/Folha Imagem
Thays Martinez, 35, posa para foto com Diesel, 2, seu novo cão guia; advogada perdeu a visão quando tinha quatro anos de idade
Quando Boris, um labrador de dez anos, se aposentou, no final de 2008, Thays Martinez, 35, precisou encontrar um novo companheiro de caminhada. O escolhido foi Diesel, 2, da mesma raça. "Estamos nos adaptando, e ele é excelente", afirma a advogada, que perdeu a visão aos quatro anos e foi pioneira no uso de cão guia para se locomover em São Paulo.
Adaptação, no caso, é aumentar a sintonia entre ambos, para que o animal leia automaticamente os comandos da dona.
No Dia Internacional do Cão Guia, comemorado em 29 de abril, lá estava Diesel, que estreou na função há quatro meses, no shopping Iguatemi. Ele participou do evento de conscientização promovido pelo Iris (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social), fundado por Thays em 2002.
Ela ficou conhecida como a "moça do cão guia" por ter sido barrada no metrô de São Paulo em maio de 2000. Saiu vitoriosa de uma batalha judicial que fez de Boris o primeiro animal autorizado a guiar um cego pelos trens urbanos da cidade. Um marco na garantia do direito de ir e vir dos deficientes visuais.
Há muito a conscientizar e pouco a festejar sobre o assunto. Treinado nos EUA, Diesel é um dos 60 cães que guiam deficientes no Brasil, enquanto existem quase 2 milhões de cegos no país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Só no Iris, mais de 2.000 pessoas esperam na fila por um cão guia. Um dos motivos da espera é que poucas ONGs brasileiras se dedicam ao treinamento. É o caso do Instituto de Integração Social e de Promoção da Cidadania (Integra), localizado em Brasília, que desenvolve o projeto Cão Guia de Cegos, desde 2002, em parceria com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
De lá, saíram 26 cães guias que estão espalhados pelo Brasil. "Podemos capacitar mais, só que faltam recursos", diz Michele Pöttker, coordenadora do projeto que tem patrocínio de empresas como Bayer e Premier.
A ONG tem mais de 250 pessoas cadastradas para receber um cão. "O treinamento e a manutenção de cada animal custam em torno de R$ 20 mil para a entidade", estima Michele. O usuário não paga pelo cão. As únicas despesas são de alojamento e alimentação no período de adaptação -que dura de 15 a 25 dias. A diária fica em torno de R$ 60.
Já o Iris não realiza treinamento completo no Brasil. O instituto paulistano fez uma parceria com a Leader Dogs, escola de treinamento de Detroit, nos Estados Unidos. "A escola nos doa oito cães por ano, e conseguimos, a duras penas, mandar os deficientes para lá", explica Thays. O parceiro brasileiro banca passagens e um dossiê em inglês contendo informações e imagens do usuário.
O processo esbarra na falta de recursos. "Se fizéssemos o treinamento por aqui, seria menos burocrático e mais deficientes teriam cão guia", afirma. Em 2009, o Iris deve enviar mais oito cegos aos EUA.
O advogado Genival dos Santos, 30, foi um dos deficientes apadrinhados pelo Iris. "Em 2006, fui aos Estados Unidos 'buscar' meus olhos." Layla, uma labrador de três anos e meio, possibilita a vida agitada de Genival. "Ela me acorda todos os dias às 6h. Vamos a uma praça para que faça suas necessidades e seguimos para o trabalho", conta.
Genival trabalha em um banco na avenida Paulista que, segundo ele, trata Layla como "funcionária". "Ela tem uma graminha especial, dentro do banco, para fazer xixi quando der vontade."
Morador do Jabaquara, ele usa o metrô diariamente e fez amigos pelo trajeto. Mas ainda sofre com a desinformação da população: "Layla é sempre distraída pelas pessoas. Acham que ela não saberá me conduzir na escada rolante e na entrada do trem".
Incidente no metrô
A boa vontade pode atrapalhar. Há poucos dias, Genival tropeçou quando ia entrar no metrô justamente porque um passageiro tentou lhe dar a mão. "As pessoas não confiam no cão guia", constata.
Para o treinador Moisés Vieira Jr., há 13 anos na função, a principal característica que um animal deve ter para virar guia é ser fiel ao dono. "Todo cão pode aprender, desde que seja bem treinado e que tenha um comportamento que mescle segurança e obediência."
Foram tais qualidades de Boris que conquistaram Thays. O cão guia era sua sombra e adivinhava suas vontades. O sinal de que era hora de aposentá-lo veio depois de um incidente: Boris não conseguiu desviar a dona de uma escada em plena Paulista.
Resultado: ela bateu a cabeça na escada. "Eu chorava de tristeza, e as pessoas achavam que era de dor", conta Thays, que se deu conta de que era hora de dar descanso a quem lhe serviu tanto.
Para ser um cão guia
- O animal deve ter comportamento dócil e estável, além de ser sociável, atencioso, obediente e de não se distrair facilmente.
- No Brasil, o labrador é a raça mais utilizada, seguida do golden retriever e do pastor alemão, que é a preferida no exterior.
- O cão selecionado vai para a casa de uma família, onde permanece por até dez meses. Em seguida, volta para a escola e fica de seis meses a um ano em treinamento específico com os treinadores.
- Por fim, o animal treinado passa por um processo de adaptação ao usuário, de forma que o deficiente encontre um cão adequado às suas necessidades.
DAYA LIMA da Revista da Folha
Mais informações:
http://www.iris.org.br/ ou http://www.bayerpet.com.br/.
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Azeite evita a perda da visão
O consumo de gorduras saudáveis, além de todos os benefícios cardiovasculares, está também relacionado à saúde dos olhos. Foi o que comprovou um estudo publicado na revista científica Archives of Ophthalmology. Alimentos ricos em ômega 3, como peixes, azeites e castanhas, reduzem o risco da degeneração macular, tipo de lesão na retina que pode levar a uma perda irreversível da visão. Constatou-se ainda que nos indivíduos que já apresentavam a degeneração macular a ingestão desse tipo de gorduras impediu o seu avanço.
Nova técnica restaura visão de cego que volta a dirigir.
Nigel Cook foi obrigado a desistir da sua profissão na polícia, entregou a carta de condução às autoridades e alterou todas as suas rotinas diárias. A degeneração macular, condição que obscurece a visão central devido a lesões na retina, foi a causa das mudanças na vida deste britânico.
Mas Cook descobriu recentemente forma de contornar as consequências da sua doença oftalmológica, submetendo-se a uma intervenção pioneira no Optegra Eye Hospital, em Guildford, no Reino Unido. Segundo a Sky News, Andrew Luff foi o médico responsável pela aplicação do método no hospital, que consiste em implantar duas minúsculas lentes de plástico em cada um dos olhos; estas actuam como um telescópio e aumentam as imagens captadas pelo olho, permitindo ao paciente usar mais do que a sua visão periférica e aperceber-se de detalhes que antes não eram visíveis.
Os candidatos à operação terão de desembolsar, no entanto, cerca de 6000 libras (quase 7000 euros), uma vez que a intervenção se realiza apenas no privado.
E apesar de Luff garantir que um quarto dos seus pacientes recuperam significativamente a visão e metade sentem melhoras de algum nível, o presidente do Royal College of Ophthalmologists, Winfried Amoaku, exige mais pesquisa para se certificar dos benefícios deste tratamento.
Fonte: Ciência - DN
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sábado, 21 de março de 2009
Síndrome do olho seco pode comprometer aproveitamento escolar do adolescente
Não é uma doença muito comum na faixa etária dos 12 aos 18 anos, mas deve ser tratada de maneira adequada para evitar o agravamento do problema. Isso significa, na maioria dos casos, instilar lágrima artificial em gotas de acordo com a recomendação do oftalmologista. A prevenção, por meio de exames periódicos, também é recomendada por especialistas e escolas.
“O acompanhamento do aluno durante o ano letivo é importante para prevenir problemas que acabam por comprometer o rendimento escolar”, alerta o Prof. Dr. José Álvaro Pereira Gomes, presidente científico da Associação dos Portadores de Olho Seco (APOS).
A capacidade visual do aluno pode ser prejudicada, por exemplo, se ele reduzir o número de piscadas quando estiver concentrado no vídeo-game ou em frente à tela do computador à noite ou durante finais de semana. Segundo o presidente científico da APOS, “a maioria das pessoas tende a contrair as pálpebras ao ler um livro ou diante do monitor, por isso recomendamos um cuidado maior quanto a este comportamento, o que juntamente com a inibição do piscar, provoca esforço visual excessivo e sintomas de ressecamento dos olhos”.
Na hora dos exames periódicos ou da utilização de produtos específicos para tratar o olho seco, os país também exercem papel importante: “Se não houver muito tato na conversa com o adolescente, ele pode não seguir o tratamento, o que só agrava o quadro. Por isso, é necessária uma integração total entre o adolescente, os pais e o oftalmologista”, recomenda o presidente científico da APOS.
Dr. José Álvaro Pereira Gomes, professor de oftalmologia da UNIFESP e presidente científico da Associação dos Portadores de Olho Seco (APOS).
Saúde & Lazer
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Ouça a entrevista do Dr. José Álvaro Pereira Gomes concedida à Rádio Jovem Pan:
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A APOS, Associação dos Portadores de Olho Seco, existe desde 2004 para oferecer apoio, educação e informação a todos os familiares e pacientes com Olho Seco. É uma organização não governamental (ONG) sem fins lucrativos e independente. Funciona à Rua Tamandaré, 693, 1º andar - Liberdade, São Paulo, e-mail apos@apos.org.br site http://www.apos.org.br/
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Menina vê pela 1ª vez após tratamento com células-tronco
A britânica Dakota Clarke, da cidade de Newtownabbey, na Irlanda do Norte, nasceu com displasia septo óptica, uma deficiência rara no nervo ótico que provoca cegueira.
Ela foi submetida a um tratamento no hospital de Qingdao, na China. Segundo a família, que arrecadou dinheiro por meio de doações para a operação na China, o tratamento e a cirurgia não são realizados na Grã-Bretanha.
O tratamento, que custa mais de US$ 40 mil, utiliza células-tronco retiradas do cordão umbilical da criança e injetadas na corrente sangüínea e corrigem as células danificadas.
O método, conhecido como IV, foi desenvolvido pela empresa americana de biotecnologia Beike Biotech, que realiza tratamentos em 24 hospitais na China.
"Nós não achávamos que o método IV sozinho seria capaz de realizar tantos benefícios. Mas a experiência no caso de Dakota está nos fazendo repensar completamente o uso do IV", disse o diretor de comunicação da Beike Biotech, Jon Hakim, ao jornal britânico "Daily Telegraph".
Os pais de Dakota, Darren e Wilma, disseram no blog que mantêm sobre a filha, que o tratamento tem funcionado como um "milagre".
O jornal afirma que na Grã-Bretanha muitos médicos criticam o método, por não se saber se os efeitos do tratamento são duradouros.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Excesso de tempo em frente à tela causa fadiga visual
Você chega ao trabalho às oito e meia e liga o computador. Passa quatro horas em frente àquela tela luminosa: escreve textos, checa e envia emails, lê o jornal, elabora planilhas, faz relatórios. Sai para o almoço por uma hora e, na volta, começa tudo outra vez. Quando vai para casa à noite, liga a máquina para ver qual filme está em cartaz no cinema, ou se aquele restaurante que você está pensando em ir é realmente incrível. Também pode aproveitar para conversar um pouquinho com alguém no MSN.
Não dá para negar: o computador ocupa tempo demais do seu dia. A necessidade e o hábito fizeram dele um vício, sem o qual nada se resolve ou acontece. O problema é que muito tempo na frente da tela pode fazer com que você comece a ter dores de cabeça na região frontal, ardor nos olhos, sensação de que eles estão arenosos e ainda deixá-los avermelhados. O conjunto desses sintomas é conhecido como a Síndrome do Usuário de Computador, ou fadiga visual.
A razão de tanto desconforto é a fixação do olhar no mesmo ponto por um longo período. Quando isso acontece, o ato involuntário de piscar diminui sua freqüência. “O número normal varia entre 15 a 20 piscadas por segundo, mas cai de 10% a 30% durante o trabalho”, explica a oftalmologista Sandra Alice Falvo, do Instituto de Moléstias Oculares (IMO).
Se você pisca menos, o filme lacrimal (a película de lágrima que reveste a córnea) não é renovado. E é justamente esse filme o responsável por manter a umidade dos olhos e sua proteção. Assim, um menor número de piscadas equivale a maior evaporação de lágrimas do globo ocular, que não é reumedecido. Em outras palavras, os olhos ficam ressecados. Condicionadores de ar e iluminação inadequada só agravam o problema.
Outra conseqüência do olhar fixo no computador é o cansaço da musculatura do globo ocular. “Essa é uma reação natural dos olhos à tensão a que são submetidos. A pessoa precisa forçá-los constantemente para conseguir foco e enxergar imagens bem definidas a partir dos minúsculos pixels da tela”, explica Virgílio Centurion, diretor do IMO.
Apesar de ainda não existirem estudos científicos que comprovam que o uso exagerado do computador prejudica a visão, os sintomas da síndrome podem e devem ser tratados de acordo com a orientação de um especialista.
Para evitar, siga algumas medidas simples para serem aplicadas no dia-a-dia:
* Em primeiro lugar, pisque. Uma pausa de 10 a 15 minutos por hora de trabalho faz com que você relaxe e retome o ritmo normal do reflexo.
* Mude o foco de visão: olhe para um ponto distante. Se possível, focalize o horizonte numa janela. Isso ajuda a relaxar a musculatura ocular.
* Diminua o brilho e a intensidade das cores do monitor.
* Posicione o monitor a uma distância de 60 a 70 centímetros do rosto e de maneira que o topo da tela fique na mesma altura dos olhos ou um pouco abaixo.
* Impeça que a luz ambiente reflita diretamente nos seus olhos ou na tela.
* Não utilize o monitor em lugares escuros e nunca aproveite apenas a luz do computador para trabalhar.
* As lentes de contato pedem o uso de um colírio para evitar maior ressecamento.
Paula Marconi
Abril.com
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O que é?
Olhos irritados